Minha irmã é casada há 10 anos, não tem filhos, não cuida do maridinho, trabalha até mais do que ele, as vezes, e pergunta para ele se ele está frustado por isso?
Essa ideia remanescente de que a mulher só se realiza quando encontra seu príncipe e tem seus filhinhos com ele serve apenas para acalmar aquelas que são covardes e tem preguiça de sair e procurar atividades que as deixem felizes, sem precisar cair na vala mais fácil: casar e ter filhos.
Não digo que seja ruim ou incorreto procurar a felicidade casando e procriando, mas vamos olhar este mundão e perceber que ele oferece uma gama gigantesca de possibilidades da gente ser bem feliz e a satisfação de cada um não tem fórmula pronta. Não sei se este post pareceu meio agressivo, mas a intenção era só valorizar as grandes mulheres que conheço que enxergam muito além dessa receitinha pronta de felicidade a qual nós, fêmeas, somos submetidas.
Simone.
Não se encontra felicidade pronta pra vender no bolicho da esquina. Ser feliz é difícil, custa, dá trabalho, dói. Isso mesmo, dói. Por que somos felizes somente na medida em que nos conhecemos, acreditamos em nós e nos permitimos ser tudo aquilo que esperamos de nós mesmas. E essa expectativa pode ser correspondida, sim, pelo casamento, pela maternidade, pela família, pelo trabalho, pelos sonhos. Por cada uma dessas coisas, por todas elas juntas e por tantas outras.
ResponderExcluirMas, o mais importante: é a gente que escolhe. Temos esse direito. Mais, temos esse dever. Ser mulher, hoje, é prestar contas para um monte de outras grandes mulheres que, em outros tempos, apanharam na cara para que fôssemos livres de verdade. Hoje somos. E agora?
Agora é viver como queremos, como sonhamos, sem que precisemos de uma receita pronta.
Eu sou feliz, graças à luta que travo todos os dias para ter essa felicidade. E graças aos presentes que a vida me deu, como ter uma irmã que pensa bem assim como eu.
Gurias, sejam bem-vindas ao mundinho dos blogs!
Pat Lima
www.delimaelimao.blogspot.com