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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

QUE VERGONHA!

Quando o assunto é política todo mundo quer dar “pitaco”, e eu, que também faço parte disso, vou dar o meu, afinal, não deixo de ser um dos “astros” dessa história. Mas os “grandes astros” mesmo... que papelão! De maneira bem simplista, eleição é o processo que permite, em um país democrático, que o povo escolha os representantes da nação. Voto é o meio pelo qual manifestamos esta escolha. Sabemos da importância do voto, da seriedade com que este direito deve ser encarado, justamente por isso me assusta presenciar que neste momento não é o povo - tido como ignorante e apolítico - que desperdiça seu voto, são aqueles que almejam o posto de dirigentes da nação que transformam o pleito em um circo. O que mais se ouve são pedidos para que o povo seja sensato, que escolha bem seus candidatos, mas com o tanto que se diz e o nada que se prova nos perdemos em meio a denúncias e escândalos, já que o objetivo atual - neste segundo turno das eleições presidenciais - não é apresentar propostas e sim descredibilizar/ desmoralizar o adversário. Estamos vivendo a eleição do terrorismo. Aqueles que votam no Serra estão convencidos de que a Dilma é ruim, por outro lado, quem vota na Dilma tem mil argumentos pra dizer que o Serra não é do bem, teremos de escolher um dos dois, talvez já tenhamos escolhido, mas isso não nos dá a certeza de que precisamos para votar com confiança. Qual a melhor escolha? Quem melhor governará o Brasil? Nossas opções se resumem a dois candidatos disputando a tapas, um cedendo infantilmente às provocações do outro como dois adolescentes disputando as eleições do grêmio estudantil. Essa história de deboche, de responder copiando as propagandas do outro, de invasão da vida pessoal... enojam. Não é isso que buscamos na propaganda política. O último absurdo (ou talvez nem seja mais o último) foi o tumulto causado em uma missa, num dos maiores eventos religiosos de Canindé, interior do Ceará, durante visita do candidato José Serra. No local, manifestantes exibiam bandeiras do PT e do PSDB. Com a chegada do candidato à missa houve uma certa agitação. Incomodado com a perturbação ao culto religioso, o frade pediu que cessassem as manifestações políticas, principalmente aquelas que tentam usar o nome da igreja em prol de A ou B. Irritado, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que acompanhava a comitiva, “se exaltou e afirmou que era um 'padre petista' como aquele que estava 'causando problemas à igreja'". (Fonte da notícia: http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2010/10/16/visita-de-serra-a-missa-no-ceara-termina-em-tumulto.jhtm). Era o que faltava. Atrapalhar a missa e xingar o Frade. Acabou o respeito! Onde está a postura e ética que se espera de quem ocupará o cargo máximo no país? Inexiste respeito ao adversário, respeito ao povo, respeito à democracia, nem mesmo a “Igreja” é poupada quando o assunto é a busca desenfreada, desmedida e irracional por votos. Bom seria se estes aspirantes a governantes, tanto A como B, encarassem com mais seriedade e responsabilidade a posição que almejam. Em termos de filiação partidária não sou petista nem peessedebista, sou brasileira, e exijo respeito.
Tainã.

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